EXTRA ECCLESIAM NULLA SALUS

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Frases de Santos sobre o Carnaval

Como os santos lamentavam a degradação humana desses dias tenebrosos! Isso porque na época deles, convenhamos, não se fazia nem a milionésima parte do que se vê hoje...





“Nestes dois últimos dias de carnaval, conheci um grande acúmulo de castigos e pecados. O Senhor deu-me a conhecer num instante os pecados do mundo inteiro cometidos nestes dias. Desfaleci de terror e, apesar de conhecer toda a profundeza da misericórdia divina, admirei-me que Deus permita que a humanidade exista”.
(Santa Faustina Kowalska)

“O carnaval é um tempo infelicíssimo, no qual os cristãos cometem pecados sobre pecados, e correm à rédea solta para a perdição”.
(São Vicente Ferrer)

“Numa outra vez, no tempo de carnaval, apresentou-se-me, após a santa comunhão, sob a forma de Ecce Homo, carregando a cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O Sangue adorável corria de toda parte, dizendo com voz dolorosamente triste: Não haverá ninguém que tenha piedade de mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo agora?”
(Santa Margarida Maria Alacoque)


O Servo de Deus, João de Folignodava ao carnaval o nome de: “Colheita do diabo”.
Santa Catarina de Senareferindo-se ao carnaval, exclamava entre soluços: “Oh! Que tempo diabólico!”
São Carlos Borromeu jamais podia compreender como os cristãos podiam conservar este perniciosíssimo costume do paganismo.
Santa Teresa dos Andes escreve: “Nestes três dias de carnaval tivemos o Santíssimo exposto desde a uma, mais ou menos, até pouco antes das 6 h. São dias de festa e ao mesmo tempo de tristeza. Podemos fazer tão pouco para reparar tanto pecado...”

Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Não é sem razão mística que a Igreja propõe hoje à nossa meditação, Jesus Cristo predizendo a sua dolorosa Paixão. Deseja a nossa boa Mãe que nós, seus filhos, nos unamos a ela na compaixão de seu divino Esposo, e o consolemos com os nossos obséquios; porquanto os pecadores, nestes dias mais do que em outros tempos, lhe renovam os ultrajes descritos no Evangelho. Nestes tristes dias os cristãos, e quiçá entre eles alguns dos mais favorecidos, trairão, como Judas, o seu divino Mestre e o entregarão nas mãos do demônio. Eles o trairão, já não às ocultas, senão nas praças e vias públicas, fazendo ostentação de sua traição!
Eles os trairão, não por trinta dinheiros, mas por coisas mais vis ainda: pela satisfação de uma paixão, por um torpe prazer, por um divertimento momentâneo. Uma das baixezas mais infames que Jesus Cristo sofreu em sua Paixão, foi que os soldados lhe vendaram os olhos e, como se ele nada visse, o cobriram de escarros, e lhe deram bofetadas, dizendo: Profetiza agora, Cristo, quem te bateu? Ah, meu Senhor! Quantas vezes esses mesmos ignominiosos tormentos não Vos são de novo infligidos nestes dias de extravagância diabólica?
Pessoas que se cobrem o rosto com uma máscara, como se Deus assim não pudesse reconhecê-las, não têm vergonha de vomitar em qualquer parte palavras obscenas, cantigas licenciosas, até blasfêmias execráveis, contra o Santo Nome de Deus. Sim, pois se, segundo a palavra do Apóstolo, cada pecado é uma renovação da crucifixão do Filho de Deus. Ah! Nestes dias Jesus será crucificado centenas e milhares de vezes” (Meditações).

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Protestantes tentam deturpar a Bíblia mais uma vez

Abaixo artigo sobre as "adaptações" heréticas para o texto sagrado que alguns protestantes tentam fazer. De fato, isso não é novidade. Lembremos que nossos "irmãos separados" arrancaram sete livros da Bíblia e que Lutero chamava a epístola de São Tiago de "carta de palha" e também odiava o Apocalipse de São João. 

Ao fazerem as mudanças denunciadas pelo artigo abaixo, os protestantes apenas provam como o protestantismo está embebido em semitismos cabalísticos que estão completamente distantes da verdadeira Fé. Não é de se espantar que algumas seitas aproximam-se muito do judaísmo (Testemunhas de Jeová e Adventistas. Aliás, a recusa dos deuterocanônicos já mostra a forte influência judaica no protestantismo) e que agora outras queiram aproximar-se do islamismo. 


Apagando a Bíblia

Portanto, ide a todas as nações, batizando-as em nome de Alá, seu Messias e de seu Espírito Santo.”

Em um gesto de solidariedade tão extensivo que chega a surpreender a consciência, algumas das principais organizações cristãs estão mudando a sua Sagrada Escritura para evitar ofender a muçulmanos.

Três organizações cristãs de tradução bem conhecidas – Wycliffe Bible Translators, Summer Institute of Linguistics (SIL), and Frontiers – decidiram que, para não se arriscarem a ofender aos seguidores do islã, deveriam modificar a Bíblia cristã para torná-la mais palatável a não crentes.

Para um muçulmano, a formula Trinitária de oração é potencialmente ofensiva, porque eles consideram uma blasfêmia atribuir características humanas a Deus. Além disso, eles creem que Deus – ou melhor – Alá – não poderia ter um “Filho”, pois isso significaria que ele tivera relações sexuais com Maria, uma compreensão errônea que ofende à consciência muçulmana.

Mas trocar o nome de Deus? O que dizer das próprias palavras de Jesus, em Mateus 10, 33: “Mas todo aquele que me negar diante dos homens, eu também o negarei diante de meu Pai que está no Céu.”

Não faz muito tempo que a Igreja Católica claramente enfatizou que o uso de termos de gênero neutro que estavam aflorando em alguns círculos – identificando os membros da Trindade como o Criador, o Redentor e o Santificador – não eram permissíveis em uma cerimônia batismal e o uso destes termos invalidaria, de fato, o sacramento.

Outras denominações juntaram-se à Igreja Católica ao rejeitarem toda reinterpretação da Trindade com o fim de apaziguar pessoas de culturas diferentes. Tradutores da Bíblia, pastores e líderes de igrejas uniram-se, guiados pela  Bible Missiology, um ministério de Boulder, International Horizon com base em Colorado, para circular uma petição pedindo aos tradutores para manterem “Pai” e “Filho” no texto de suas traduções árabes.

Mas o problema persiste

  • Wycliffe e SIL publicaram um texto em árabe intitulado “O significado do Evangelho de Cristo.” Nele, o grupo traduz Mateus 28, 19 (A Grande Comissão) como “Lavai-os com água em Nome de Alá, seu Messias, e de seu Espírito Santo.”
  • E uma nova tradução turca do Evangelho de Mateus produzida por Frontiers e SIL usa equivalentes em turco de “guardião” para “Pai” e “representante” ou “procurador” quando falam do “Filho”.


O receio, claro, é que os tradutores, ao tentarem com muita insistência não ofender às sensibilidades árabes, na verdade, renunciam a uma parte do significado das Santas Escrituras.

O satírico James Thurber tinha um bom argumento quando dizia, “Melhor tentar alguma coisa, embora se possa fracassar, do que não tentar nada por não querer ofender ninguém”.

[Nota: adaptação da frase que, em inglês, literalmente significa: “Você pode tanto cair de cara no chão como inclinar-se excessivamente para trás até quase cair (para agradar a alguém)”]. 

Tradução: William Bottazzini

Dawkins em "Macacos me mordam!"

Segue, abaixo, artigo que nos informa mais uma derrota (humilhante!) sofrida por Dawkins em um debate sobre religião (será que ele não se cansa?).


Richard Dawkins choca-se com Giles Fraser na Radio 4 sobre enquete ateia.

Richard Dawkins foi tachado de “constrangimento para o ateísmo” após se bater de frente com um sacerdote em um debate na BBC Radio 4.

O autor de “Deus, um delírio” não pôde lembrar-se do título completo da obra “A origem das espécies” de Darwin, durante uma discussão com Giles Fraser, ex-chanceler canônico da Catedral de São Paulo, acerca de uma enquete conduzida pela Fundação Richard Dawkins para a Razão e a Ciência (Reino Unido). Esta enquete mostrou que auto-identificados cristãos não iam à igreja ou liam a Bíblia.

Dawkins afirmou que um “assombroso número não era capaz de identificar o primeiro livro no Novo Testamento.” Mas a sua alegação de que isso indicava que os auto-identificados cristãos “não eram nem um pouco cristãos de verdade” foi colocada em cheque por Fraser, que disse que a enquete fazia “perguntinhas bobas” para “pegar” as pessoas.

Giles Fraser: Richard, se eu lhe perguntasse qual é o título completo do “A origem das espécies”, estou certo de que você poderia dizê-lo.

Richard Dawkins: Sim, poderia.

Giles Fraser: Então, vá em frente.

Richard Dawkins: Sobre a origem das espécies...Uh. Como, ó Deus! A origem das espécies. Há um subtítulo com relação à preservação das raças favorecidas na luta pela vida.

Giles Fraser: Você é o grande papa do darwinismo...Se você fizesse esta pergunta às pessoas que acreditassem na evolução e você retornasse e dissesse que 2% acertaram, para mim seria terrivelmente fácil avançar “então, no fim das contas, eles não acreditam nisso”. Simplesmente não é justo fazer esse tipo de perguntas às pessoas. Elas se auto-identificam como cristãs e eu acho que você deveria respeitar isso.

Fraser alertou contra as “guerras culturais” na Bretanha que “macaqueiam a maldade” da América.


Este intercâmbio fez com que o nome de Dawkins se tornasse a bola da vez no Twitter, com críticas feitas a ele até mesmo por autoproclamados ateístas.

Tradução: William Bottazzini

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Dom Rifan orienta sobre o Carnaval

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O CARNAVAL

Dom Fernando Arêas Rifan*

Estamos próximos do Carnaval, atualmente uma festa totalmente profana e nada edificante. Ao lado de desfiles deslumbrantes das escolas de samba, com todo o seu requinte, riqueza de detalhes, fantasias fascinantes, desperdício de dinheiro, exposição de luxo, vaidade e também despudor, presencia-se paralelamente uma verdadeira bacanal de orgias e festas mundanas, cheias de licenciosidade, onde se pensa que tudo é permitido. Nesses dias, a moral vem abaixo: até as pessoas mais sérias se mostram debochadas, a imoralidade e a libertinagem campeiam, a pureza perece e a tranquilidade desaparece. Infelizmente, há muito tempo que o Carnaval deixou de ser apenas um folguedo popular, uma festa quase inocente, uma brincadeira de rua, uma diversão até certo ponto sadia.

Segundo uma teoria, a origem da palavra “carnaval” vem do latim “carne vale”, “adeus à carne”, pois no dia seguinte começava o período da Quaresma, tempo em que os cristãos se abstêm de comer carne, por penitência. Daí que, ao se despedirem da carne na terça-feira que antecede a Quarta-Feira de Cinzas, se fazia uma boa refeição, comendo carne evidentemente, e a ela davam adeus. Tudo isso, só explicável no ambiente cristão, deu origem a uma festa nada cristã. Vê-se como o sagrado e o profano estão bem próximos, e este pode contaminar aquele. Como hoje acontece com as festas religiosas, quando o profano que nasce em torno do sagrado, o acaba abafando e profanando. Isso ocorre até no Natal e nas festas dos padroeiros das cidades e vilas. O acessório ocupa o lugar do principal, que fica prejudicado, esquecido e profanado.

A grande festa cristã é a festa da Páscoa, antecedida imediatamente pela Semana Santa, para a qual se prepara com a Quaresma, que tem início na Quarta-Feira de Cinzas, sinal de penitência. Por isso, é a data da Páscoa que regula a data do Carnaval, que precede a Quarta-Feira de Cinzas, caindo sempre este 47 dias antes da Páscoa.

Devido à devassidão que acontecem nesses dias de folia, os cristãos mais conscientes preferem se retirar do tumulto e se entregar ao recolhimento e à oração. É o que se chama “retiro de Carnaval”, altamente aconselhável para quem quer se afastar do barulho e se dedicar um pouco a refletir no único necessário, a salvação eterna. É tempo de se pensar em Deus, na própria alma, na missão de cada um, na necessidade de estar bem com Deus e com a própria consciência. “O barulho não faz bem e o bem não faz barulho”, dizia São Francisco de Sales.
Já nos advertia São Paulo: “Não vos conformeis com esse século” (Rm 12,2); “Já vos disse muitas vezes, e agora o repito, chorando: há muitos por aí que se comportam como inimigos da cruz de Cristo. O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, a glória deles está no que é vergonhoso, apreciam só as coisas terrenas” (Fl 3, 18-19); “Os que se servem deste mundo, não se detenham nele, pois a figura deste mundo passa” (cf. 1 Cor 7, 31).

Passemos, pois, este tempo na tranquilidade do lar, em algum lugar mais calmo ou, melhor ainda, participando de algum retiro espiritual. Bom descanso e recolhimento para todos!

(*) - Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney