quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O que acontece quando se lê a Bíblia fora do Magistério da Igreja...




Abaixo compartilho com vocês um texto muito interessante que cita rapidamente alguns exemplos daquilo que pode nos acontecer se nos desviarmos do Magistério da Igreja quando tratarmos de ler e compreender as Sagradas Escrituras.

A Bíblia, interpretada fora da comunhão com a Igreja, pode dar margem às interpretações mais desvairadas e perigosas que se pode pensar. Tudo vai depender do grau de imaginação ou de psicose do indivíduo.

A Sola Scriptura se mostra tão absurda e frustrante que até o próprio pai da Reforma, o heresiarca Martinho Lutero, foi obrigado a confessar que, após a propagação de suas idéias, havia "tantas seitas e crenças como cabeças". E, em seguida, ele é obrigado a confessar amarguradamente: "Este nega o batismo, aquele os sacramentos, aquele outro crê que há um terceiro mundo, entre este e o dia do julgamento final. Uns dizem que Cristo não é Deus; estes dizem uma coisa e aqueles dizem outra. Não há rústico, por mais rude que seja, que não sonhe ou imagine ser inspirado pelo Espírito Santo e não se tenha por profeta". (Grisar: Luther IV, 386 - 407). E tudo isso é retirado da Bíblia...Eis o que acontece quando se recusa a autoridade do Magistério da Igreja: cria-se um abismo de confusões.

O texto do senhor Cordova é bastante claro e sucinto neste aspecto. Podemos perceber que os problemas do Sola Scriptura no México são muito semelhantes aos nossos, já mais tupiniquins.

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A Bíblia mal utilizada. As conseqüências de um princípio funesto: Sola Scriptura.
Então disse-lhe o diabo: ‘Se és o Filho de Deus, lança-te daqui, porque está escrito...” (Mt. 4,5).
A Sagrada Escritura é uma lâmpada que ilumina o nosso caminhar à Casa do Pai, Salmo 119, 105. Contudo, se mal utilizada, pode nos levar a danos físicos e morais, e, até mesmo, à perdição eterna. O próprio demônio valeu-se inutilmente desta técnica para fazer com que Jesus caísse.
O profeta Amós anunciou (8, 11): “Chegaria o dia em que o Senhor enviaria fome por sobre a Terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de se ouvir a Palavra do Senhor”. Como esta fome de se escutar a palavra de Deus é inerente à natureza do homem, que deseja conhecer a seu Criador, devemos, nesta busca, notar a infinidade de doutrinas errôneas inventadas pelos homens. Doutrinas estas que estão baseadas, graças a seus criadores, na Bíblia mal interpretada.
Alguém já disse: “da Bíblia mal interpretada pode-se tirar até petróleo”.
Joseph Smith, fundador dos mórmons, baseando-se no mandato divino de Gn. 1,22 e 35,11, “crescei e multiplicai-vos...”, aprovou a poligamia.
Joseph F. Rutherford, segundo líder mundial dos Testemunhas de Jeová, apoiou a conhecida negativa dos Testemunhas de Jeová de aceitar a transfusão de sangue, que tantas mortes já causou entre eles, baseado no texto de At. 15,20, quando a Igreja Primitiva proclamou um mandato transitório e circunstancial acerca da abstinência de sangue.
Os líderes dos Adventistas do Sétimo Dia, utilizando Ex. 20,8, “recorda o dia de sábado para santificá-lo”, obrigam a seus fiéis a guardá-lo, assim como os judeus do Antigo Testamento, e se recusam a aceitar o domingo, “Dia do Senhor”, como dia dos cristãos.
Os cristãos fundamentalistas: Igreja da Fé em Jesus Cristo e outras da mesma linha doutrinária, lendo At. 8,16, “...haviam sido batizados unicamente no nome do Senhor Jesus”, alegam que os cristãos devem ser batizados apenas no nome de Jesus, e não no das Três Pessoas da Santíssima Trindade, embora este último seja um mandato expresso de Cristo em Mt. 28,19.
A grande quantidade de igrejas cristãs evangélicas, citando Rm. 3,28, “concluímos que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei”, proclamam que a justificação (salvação), é obtida apenas pela fé, sem as obras, em oposição ao que diz Tiago 2,26.
Entre os Pentecostais, surgiram casos de pessoas, principalmente crianças, que morreram porque seus pais não foram ao médico para que este pudesse tratar de seus sofrimentos, já que crêem, segundo Lc. 8,48, que se cura tudo apenas através da fé e da oração. Por outro lado, os judeus, o povo da Bíblia, recorriam sim aos médicos, cf. Eclo. 39. Havia um médico eminente entre os apóstolos: Lucas, cf. Col. 4, 14.
Em San Luis Potosí, pessoas, em uma comunidade que sustenta este tipo de doutrina, caíram mortas ao inalarem gás butano. O pastor lhes dizia que era ação do Espírito Santo (Heraldo de Chih. 1° de Enero de 1992).
Os seguidores da urinoterapia (o ato de beber a própria urina), justificam esta prática no texto de Prov. 5,15, “Toma a água de tua própria fonte...”.
As práticas mais descabeladas podem ter apoio na Bíblia mal interpretada. Citar todas elas seria interminável. Para evitar ser vítima de estes e outros danos tão terríveis, recorramos à Sagrada Escritura sempre observando a interpretação do Magistério da Igreja Católica, a quem Jesus deu este ministério, cf. Lc. 10,16. Não recorramos àqueles que sempre interpretam as Escrituras à margem deste Magistério.
José L. Fierro Cordova
México

Traduzido do espanhol por William Bottazzini.


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Pena que o senhor Cordova não tenha citado aquelas seitas que, para arrancar dinheiro dos fiéis, citam, repetitivamente, Malaquias 3,10, "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro...". Elevam este versículo à categoria de 11° (ou seria 1°?) Mandamento. Talvez este não seja, ainda, um problema tão grande assim no México...

Que o Senhor abençoe a todos

William

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